Rapper atacou agentes da polícia civil com pedras durante uma ação em sua casa, no Joá Uma ação da polícia civil terminou na prisão de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, e agora ele se tornou réu por tentativa de homicídio qualificada contra os agentes. A denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) foi aceita pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, que teve o marido policial morto por traficantes do Comando Vermelho, no início do ano. No dia 30 de março, a vida da magistrada mudou completamente ao perder o marido, o policial João Pedro Marquini, de 38 anos, que morreu após disparos de bandidos numa tentativa de assalto na Grota Funda, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, a juíza dirigia outro carro blindado atrás do companheiro, ela chegou a ser atacada, mas não sofreu ferimentos. O policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, foi morto ao se deparar com criminosos que voltavam de um ataque contra a comunidade do Antares, em Santa Cruz, também na Zona Oeste. O grupo saiu da Ladeira dos Tabajaras, na Zona Sul da cidade, para atacara a favela do Antares. A comunidade vive uma disputa entre o Comando Vermelho e a milícia. Os criminosos pretendiam roubar os veículos de João Pedro e Tula para não levantarem suspeitas, pois o carro que estavam tinham marcas de tiros após o confronto. Na última quarta-feira, 30, a juíza lamentou a morte do marido e expressou a dor da ausência do companheiro. Nas redes sociais, a Tula classificou a morte de João Pedro como uma crueldade.
"As pessoas me perguntam com frequência 'Como você está?'. Estou indo; estou bem. Mas a verdade é que eu jamais estive bem. Como suportar ver seu amor ir embora, sem chance de despedida. Como entender tanta crueldade. Na vida de quem sempre lutou por justiça", escreveu Tula. O rapper, que é filho de Marcinho VP, um dos líderes do CV, e amigos atacaram policiais no último dia 21 e impediram o cumprimento do mandado de busca e apreensão contra um menor procurado de tráfico e roubo. Oruam já vinha respondendo a outros 7 crimes como: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. Essa é a 1ª vez que o artista se torna réu pelo episódio — e Tula ainda expediu um novo mandado de prisão preventiva por isso.
O MPRJ afirma que os réus agiram com dolo eventual, assumindo o risco de matar os agentes, destacando que as pedras lançadas pesavam até 4,85 kg, com capacidade de causar ferimentos letais aos policiais.